História

Ervedosa foi antiga vila, tendo recebido forais de D. Dinis em 5-07-1288, e de D. Manuel I em 22-07-1514, em Lisboa.
Desse tempo conserva ainda o Pelourinho junto da Igreja, símbolo da autonomia judicial, constituído por uma coluna octogonal, sendo o capitel trapezoidal, encimado por uma esfera.
Arqueologicamente têm aparecido "pilões para moer minérios", principalmente na mina da Borralheira, talvez indicando que seria explorada já na idade do Bronze ou Cobre. Não erraremos se afirmarmos que Ervedosa é habitada desde os tempos pré-históricos.
É abundantemente referenciada em vários manuais, com factos diversos, alguns de natureza nobre, como é o caso do título de Visconde de Ervedosa dado a D. António Pereira de Castro Sepúlveda, fidalgo cavaleiro da casa real, em 8-03-1807, o que prova a importância que a localidade tinha ainda no século XIX. Em 7 de Dezembro de 1859, falecia em Arufe D. Maria Josefa, Viscondessa de Ervedosa.
Sob o ponto de vista eclesiástico, era abadia de S. Pedro de Penhas Juntas, como curado, com apresentação feita pelo respectivo abade.
No campo judicial, pertencia em 1832 à Comarca de Bragança, em 1852 à de Mirandela e, desde 1862 até actualidade, à de Vinhais.
Dados curiosos referentes à vida sócio-económica do ano de 1796: teria 217 homens, 227 mulheres, 2 barbeiros, 5 eclesiásticos seculares, 5 sem ocupação, 1 cirurgião, 96 lavradores, 14 jornaleiros, 3 alfaiates, 6 sapateiros, 5 carpinteiros, 1 pedreiro, 12 criados e 8 criadas.
Por volta de 1865 tinha 145 fogos e mais recentemente possuía:
 


Ano 
1950
1960
1970
1981
1991
2001
População
923
1.135
680
680
641
487
Fogos
201
267
184
184
253
269
São evidentes os efeitos da emigração.
Actualmente a Suíça é dos países que absorve grande parte da juventude local. Mesmo assim, a agricultura familiar de subsistência continua a ser a principal ocupação, com recurso cada vez mais frequente à  mecanização, e produções abundantes de vinho, castanha, cereal e azeite. Em termos de pecuária há gado bovino,ovino e caprino. A grande tradição é a exploração mineira. Em 1926 estavam em grande laboração as suas minas com 254 operários. Esta exploração mineira acabou por fechar em 1969, devido a vários factores.
Como pontos de interesse tem o cruzeiro, a antiga cadeia (casa da Tulha onde está a Junta de Freguesia), com a sineta, a Capela de S. Nicolau, numa ermida na Ribeira (único vestígio da antiga povoação?), o Pelourinho, a Igreja Matriz do Século XVIII e a Capela de S. Cristóvão, do Século XIX.
Lugar de excelência é o Largo do Cruzeiro, com um conjunto bem notável, constituído pela Capela de Santa Ana, a escola primária com duas salas, o cruzeiro, a Casa do Povo, a Residência Paroquial e o Coreto octogonal em pedra.
A fonte das Nogueiras, datada de 1829 e a Fonte dos Possacos, da mesma época, são construções integralmente de pedra, com cobertura circular e a sua água conserva a mesma frescura e sabor muito apreciados.
As casas de rés-do-chão e 1º andar, com escadas e patamares exteriores, são cada vez mais raras, pelas influências das migrações.
Outros lugares de encontro são os 4 Cafés e as antigas eiras, transformadas em acolhedores largos ajardinados.
Os passatempos preferidos variam conforme os grupos etários: os mais velhos continuam a jogar ao fito e os mais novos preferem os bailes na Casa do Povo ou ao ar livre, e ainda o futebol que tem tradições nesta aldeia, que foi bicampeã distrital da FNAT em 74 e do INATEL em 75.
A toponímia deixa perceber a importância judicial e religiosa da localidade: o Cabeço da Forca, a nascente, onde hoje se situa a Mãe d'Água, e, a noroeste, o Cabeço de Sant'Ana, onde se conservam vestígios de um antigo castro. A delimitar o termo da freguesia de Ervedosa e o de Penhas Juntas, ergue-se, imponente, o Cerro, uma verdadeira muralha natural de rocha. Do lado oposto, quem olha de Ervedosa para as terras de Ledra, fica um calçada romana, intacta a espaços, que, provavelmente ligava Braga (Braccara Augusta) a Astorga.
Como manifestações culturais, preserva ainda o Cantar dos Reis, a Serra da Velha (na quaresma) e a fogueira do Natal.
A Associação de Caça e Pesca tem trazido algum movimento à aldeia, pela abundância das espécies cinegéticas, nomeadamente o coelho, a perdiz e a lebre. São frequentes as montarias ao javali, sempre concorridas e animadas.